VERCESI Rita de Cassia

A ANTIGINÁSTICA convida para descobrir, pela primeira vez, um corpo que não é o corpo visto no espelho. Nem aquele corpo que você leva para se exercitar e treinar, tampouco o corpo das anatomias descritivas e cansativas que rotulam cada parte do corpo, como se fossem latas de coisas na prateleira do supermercado, também está longe do corpo simbólico por ser extremamente real.

Ela propõe um corpo diferente, que habita seu próprio corpo mas… como diz nossa Mestra Thérèse Bertherat >>> você já perdeu a CHAVE faz tempo …

A ANTIGYM ilustra e revela o verdadeiro corpo, O CORPO QUE PENSA ” The Thinking Body ” !! Um corpo novo ! Simples um NOVO CORPO ! Dentro da prática da Antiginástica experimentamos uma “ARQUITETURA INTELIGENTE, ( sequência das sessões ) como se viesse das células e respeitosamente acompanhando de forma tissular o desenvolvimento humano. Uma Arquitetura em permanente ORGANIZAÇÃO E DESORGANIZAÇÃO ( daquilo que não está bem no corpo ) acordando os músculos, tecidos, articulações, tubos.

Com um extremo SENSO ESPACIAL , esta arquitetura das SESSÕES criada na Antiginástica permite ao corpo RESGATAR, ENTENDER, ENCONTRAR SEU RITMO, RESPIRAR SEM CULPAS, e se aproximar do CORPORE SANO, sem tantas amarras, como se você encontrasse a CHAVE.

A pulsação corporal fica quase estrangulada e impedida de existir, pela pressão social, pela angústia, pela solidão, pelo abandono do corpo que fica quase sem vida e sem cor, como um boneco de cera deitado no chão, como muitos clientes que chegam e perguntam “o que devo sentir” ? As pessoas chegam rígidas ” Como saber onde a gente é rígida ? Nada mais fácil, diz Thérèse em ” As Estações do Corpo “, . Você não precisa ir a um especialista para descobrir. passeie o olhar pela superfície de sua pele … Posso afirmar mais uma GRANDE DIFERENÇA entre Antigym e os outros métodos, ela te ensina a olhar e a movimentar seu corpo ! E conhecer seu sistema nervoso, ” que faz de tudo para esconder a verdade “, “não por maldade, não. Ao contrário é para nos proteger, para evitar preocupações cotidianas ao nosso psiquismo.” * ( As Estações do Corpo ).

Sou Terapeuta Corporal com abordagem no movimento,tenho grandes Mestres em minha formação, Wilhelm REICH, Thérèse BERTHERAT, Klauss VIANNA, Rudolf LABAN, Moshe FELDENKRAIS, Bonnie COHEN e Irene DOWD. Também estudei jornalismo, letras e marketing. Atualmente me considero uma “Educadora SOMÁTICA” com formação pela UNIVERSITY OF LONDON,  LABAN SCHOOL ( Método LabanAnalysis )  LABAN TRINITY, um dos maiores centros de Dança/Música/Teatro da Europa. Lá conheci a EDUCAÇÃO SOMÁTICA ou CONSCIENTIZAÇÃO CORPORAL ( era este nome de nossas aulas na década de 70 ). Na Europa conheci a “New Dance” na década de 80 e participei intensamente dos Workshops que os americanos traziam para a Universidade, fiz aulas com Steve Paxton que criou o “Contact Improvisation” e muitos outros dançarinos-terapeutas com temas nesta área. Laban, também é um EDUCADOR SOMÁTICO, como costumo dizer e faço referência ao mestre, Laban foi o “Leonardo da Vinci” da Arte e do Domínio do Movimento Humano ! Nesta época eu era muito jovem e minha paixão pela dança me levou para os melhores lugares de minha vida ! A dança me levou a Paris onde participei do grupo da bailarina Laura Glenn na maravilhosa técnica de Doris HUMPHREY baseada na lei da gravidade, também conhecida como Método José Limon, minha curiosidade foi mais além … eu havia lido em 1978, “O CORPO TEM SUAS RAZÕES”, quando estudava com Klauss Vianna no Rio de Janeiro, o próprio Klauss nos falou sobre o livro de Thérèse Bertherat. Uma bela tarde fui conhecer Thérèse que gostava muito de brasileiros, me lembro bem do seu rosto, sua voz… creio que nesta época 1981/82 ela escrevia e Correio do Corpo, então foi uma grande honra para mim, conhecer esta incrível, maravilhosa, insightful, muitíssimo inteligente, Thérère Bertherat, foi inesquecível, resultado de minha busca de minha procura, este encontro faz parte de minha história ! Voltei para o Brasil, e foi extremamente difícil trabalhar com o método Laban, realmente ninguém entendia o que eu falava. Mas eu precisava trabalhar para sobreviver, então comecei a dar aulas de “conscientização corporal” e utilizei os conhecimentos adquiridos na Europa. Sendo assim meu interesse cresceu muito pela Terapia Corporal e na década de 90 fiz um curso muito intenso com base na terapia Reichiana. Neste curso tínhamos uma grande bibliografia e pude conhecer outras vertentes como a Bioenergética e Lowen que teve uma grande influência em meus estudos. Trabalhei muitos anos e ministrei diversos cursos e workshops (inclusive em universidades), minha busca pelo conhecimento ainda continuava … em 2015 descobri que o método de Thérése Bertherat estava oficialmente no Brasil e oferecia uma formação tal qual ela criou na França. Fazer esta formação foi encontrar um “grande eixo estrutural” em minha procura pelo conhecimento, muitas respostas, muito conteúdo e também a oportunidade de experimentar e viver toda a “Bela Arquitetura de Sessões” que ela criou para este método. Creio que eu só posso transmitir, ensinar e explicar quando eu “vivo” em mim. Estou trabalhando intensamente com este método e posso afirmar que no final de cada encontro tenho a plena certeza de que aquelas pessoas jamais serão as mesmas, algo profundo e intenso ocorreu enquanto estavam ali,deitadas no chão, posso ver isto em cada olhar e na mudança significativa de suas respirações !